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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Gaste o quanto puder...

         
         Em 1980 não existia muitas marcas de carros no Brasil, podia se ver nas rodovias carros como: Variant, Fusca, Passat, Gol, Brasília, Corcel II e Belina havia apenas FIAT-FORD-VOLKSWAGEM essas eram as montadoras destes carros que falávamos o nome só pelo barulho do motor.
           Porem hoje, quando estamos numa BR tentamos falar o nome do carro que acabou de passar e já vem outro que nem sabemos o nome, são tantas marcas e novos lançamentos que fica difícil falar o nome de todos. Fernando Collor de Mello, chamou os nossos carros de carroça em tempos remotos, não tínhamos noção do que ele falava e ficamos um pouco irritado com sua fala, porem hoje damos razão a sua perspectiva.
          Carros não tinha muitos opcionais, hoje os carros estacionam sozinhos, tem câmera atrás, banco se encaixa ao motorista, o carro fala, tem carro com bafômetro que só funciona apos detectar ausência de álcool, carro com câmera noturna, air bag, ABS, computador de bordo e por ai vai...
           Os carros nacionais caíram os preços e estão se adaptando para abrir concorrências aos importados, nesta luta para não perder espaço o governo aumentou em 80%  por cento o imposto para os importados e mais uma vez os menos favorecidos ficam longe do luxo de uma SW5 ou uma  Tucksom e outros megas importados.
             Vamos lá, nos anos oitenta tudo era tarifado e um preço inacessível, telefone fixo custava dois mil reais, existia firmas que vendiam linhas telefônicas parceladas em doze vezes, e tinha especuladores que compravam varias linhas, para ganhar no reajuste em que valorizavam todos os meses as linhas telefônicas, você pedia uma linha telefônica, tinha que ter um dinheiro reservado para comprar a linha que seria de dois mil reais a dois mil e quinhentos, a TELEGOIAS ferificava se havia linha, e você entrava na fila de espera e isso as vezes demorava de dois a três meses.
                Quem tinha telefone era super importante, quem não tinha pedia autorização ao vizinho que tinha telefone, para passar o numera á um parente em caso de emergência.  Ter telefone era um luxo.  Ter telefone em um quarteirão era ter que ser amigos de todo mundo, por vezes alguém ligava pedindo para chamar a dona Raulina que mora no fim do quarteirão dizendo que ligaria dentro de quinze minutos, então o dono da casa mandava o menino ir correndo na casa da dona Raulina que estava no supermercado e quando ela chegava lá vinha a dona Raulina correndo, suada, esperar o Epafronildes ligar para dar aquela falada de 8 minutos porque a ficha do orelhão era muito cara.
                 Vou falar também da câmera fotográfica.  Vendiam nas farmácias, supermercados e tabacarias um filme KODAK de 12 ou 36 poses, ninguém viajava sem antes comprar o filme para a fotografia, custavam cerca de sete reais o de doze poses, e treze reais o de trinta seis, você podia tirar 36 fotos apenas, não podia abri a câmera antes de voltar da viagem, e as vezes aquele sobrinho malino mexia na maquina e perdia se a fotografia que tiramos junto ao Cristo redentor, após esperar três meses para viajar por conta da firma que patrocinou a viaje, quando você levava para revelar, as melhoras fotos estavam queimadas, tinha uma mancha naquela melhor pose, era uma tortura.
               - Pai podemos tirar uma foto entrando no ônibus de turismo?
               - Não meu filho, temos que economizar as poses, só tem 36 e eu num vou gastar mais com isso não.
               - Pai, pode tirar foto aqui dentro do ônibus?
               - Não meu filho, aqui não tem muitos atrativos, e as fotos podem sair tremidas e só temos trinta e seis poses.
               - Pai, pode tirar quando estivermos descendo do ônibus?
               - Não meu filho, vamos esperar um ponto turísticos para começarmos a fotografar só tem 36 poses...
               - Pai pode tirar perto daquela fonte?
               - Aquela fonte não é um ponto turístico, vamos tirar perto de alguma coisa importante.
               - Pai tamo a porcaria desta maquina, tira as fotos o senhor mesmo....
               Hoje vivemos na era da câmera digital tire quantas fotos quiserem, clique uma, duas, três, quatro tire a porcaria das fotos, apague as que não ficarem boas gaste o quanto quiser, tire foto da barata, do poste da fonte, do céu, filmem tudo, o pesadelo das trinta seis poses acaboram.
                    Vivemos no ano do gaste o quanto quiser, internet ilimitada, celular com ligação ilimitada, a TIM se você ligar e falar pouco é prejuízo, tem que falar muito do mesmo jeito vai seus 25 centavos no primeiro pulso. A vivo te dá um bônus de trinta reais por dia pra você gastar e não conseguimos, fale o quanto puder, ligar e falar pouco é prejuízo.
               Gaste o quanto puder, o pesadelo acabou estamos entrando no primeiro mundo, viajamos sem fazer conta com combustivel, entramos no carro e vamos ali sem fazer conta de consumos.... Bem vindo ao quase primeiro mundo... GASTE O QUANTO PUDER.

2 comentários:

  1. . As necessidades das pessoas são ilimitadas, mas já os recursos são limitados, muitas necessidades que a pessoas tem, são consideradas artificiais geralmente estimuladas por quem tem a intenção de vender. Atençao sobre isso rsrsrs

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  2. Eu entendi o recado ALÊ... O POST trata apenas de coisas que economizamos sem nescessidas, como eu ja disse, economizamos flash's de camera digital, e quando ligamos em uma ligação por pulso, na verdades estamos perdendo dinheiro de uma forma indireta, mas levando em conta seu comentario, o titulo do post é: Gaste o quanto PUDERRRRRRR... ADOREI SEU COMENTARIO Reforça mais ainda minha tese. UM ABRAÇO.

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