A MINHA IRMÃ ELIZABETE FALANDO SOBRE MINHA MÃE (OLHA O QUE A LIZABETE ESCREVEU...)

             A criatividade tem nome e ela se chama Elízia Maria Vieira, sim porque eu nunca vi uma pessoa tão criativa como a minha mãe.

            Ela me alfabetizou quando eu tinha 3 anos de idade, de maneira que quando eu fui pra escola aos seis anos, já sabia ler e escrever, minha mãe me dizia que eu nunca devia cantar na igreja olhando na cópia do hino, tinha que decorar o hino em casa, e quando eu estava com 5 anos de idade, começamos a cantar em dupla.  Ela me fez decorar um hino com 4 estrofes enormes, ela pegava o violão, e me colocava sentada de frente, e enquanto eu não decorasse o hino eu não podia levantar, era um hino assim: ‘Entre alegria e muitos louvores levem o Senhor para Jerusalém..........’

            Como professora de criança na escola dominical, eu nunca vi outra melhor, e olha que ela não tinha freqüentado esses cursos que vemos hoje, ela já nasceu com o talento, ela inventava tanta coisa pra atrair a criançada, fazia pik nik, cozinhadinha, cada domingo tinha um passeio à tarde, na fazenda de algum irmão da igreja, e num domingo tinha que encher uma cartolina com figurinhas de árvore, no outro domingo era figurinhas de casas, depois alimentos e etc...

                Imagina a decoração da sala onde ela dava aula! Não é qualquer decoradora q sai com ela não!!!

             Só aquela decoração era motivo suficiente p’ras crianças gostarem de permanecer na sala!

              E p’ra fazer festas! Ah minha mãe era especialista em festas, festas de natal, dia das mães, dia das crianças, dia do pastor, dia dos pais,...

             Uma vez, ela fez uma festa lá em Nazário, e uma fila de gente tinha que entrar pela porta da frente e sair pela porta dos fundos, cantando um hino e repetindo esse percurso até terminar o hino, nessa fila tinha gente de Santa Bárbara, Ruibarbo, Poncionário, Burití e etc... Cada congregação tinha uma cor diferente, por exemplo: Os de ruibarbo com roupa amarela e bandeirinha (de papel de seda) amarela, os de buriti com roupa azul e bandeirinha azul...

               E ela fez um monte de pacotinho cheio de pão de queijo, e os pacotinhos eram azuis, amarelo e etc... De maneira que cada congregação ganhava o pacote correspondente à sua cor

          Cada festa tinha uma invenção diferente, lá na vila Fátima ela fez uma festa de criança, e tinha uma peça teatral, onde cada criança queria ter uma determinada profissão quando crescesse, e eu era a professora, o Wilsinho era médico, o Marcelo ( da tia Teresinha) era o formando, a Laudisséia era fazendeira ...

              Se eu fosse falar sobre todas as festas que ela fazia eu ia gastar muito tempo!

           

                                    Não é porque é minha mãe não, mas ela é uma pessoa super hiper mega inteligente!!!