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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sinto Falta

Sinto falta!
Quando era mais novo, diziam-me os mais velhos, que as amizades vêm e vão, como o vento. 
Na altura, cheio de ilusões e certezas, afirmei que os amigos nunca vão a lado nenhum.
Agora sei que desaparecem. Sem nos apercebermos, nem o rasto denuncia que um dia já fomos importantes, que existiu uma ligação.
Recordo com saudade algumas pessoas que marcaram a minha vida, que me ajudaram, que me fizeram rir e chorar, que me fizeram viver.
Gostava de os ter um dia, para os recordar, um a um. Saber o que mudou nas nossas vidas, para os rumos agora seguirem diferentes caminhos.
Penso muitas vezes neles. Sinto falta dos amigos que tive e que a vida escondeu!

3 comentários:

  1. Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

    Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.

    Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.

    Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.

    Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

    Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

    Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.

    Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.

    Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.

    Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

    Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém

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  2. Elizabete, são palavras suas?

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